D. C. seria “laranja” de médico que foi secretário-adjunto da Secretaria de Saúde em Cuiabá
O empresário D. C., suspeito de participar de um esquema de desvio de dinheiro público da Saúde de Cuiabá, prestou depoimento nesta terça-feira (16) à Polícia Federal.
Ele foi alvo de busca e apreensão, na quarta fase da Operação Curare, no dia 20 de abril, quando foi preso em flagrante pela PF após quebrar seu aparelho celular. Dois dias depois sua defesa obteve um habeas corpus junto ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).
D. C. também é acusado de ser “laranja” do médico Milton Corrêa da Costa, também alvo da operação, na empresa Vip Serviços Médicos. E que o dinheiro supostamente desvidado pelas empresas também teriam sido empregados na compra de uma aeronave.
Segundo apurou a reportagem, o depoimento de D. C. durou quase três horas.
O advogado Vinícius Segatto afirmou que todos os fatos sobre a quarta fase da operação foram “devidamente esclarecidos” pelo seu cliente.
“Não posso dar detalhes sobre o depoimento ou sobre a investigação, que está em segredo de Justiça. O que posso adiantar é que meu cliente está fazendo o possível para colaborar com as investigações”, disse Segatto.
4ª fase da operação
A Polícia Federal deflagrou a quarta fase da Operação Curare contra suspeitos de envolvimento em atos de corrupção e lavagem de capitais com recursos públicos destinados à Saúde de Cuiabá, na ordem aproximadamente de R$ 3 milhões.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Chapada dos Guimarães, além da efetivação de medidas de sequestro de bens, direitos e valores dos alvos.
Como se apurou nas fases anteriores da operação, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas.
Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, por um ex-servidor do alto escalão da gestão da Saúde de Cuiabá.
As diligências demonstraram ainda que recursos do grupo empresarial, oriundos, em última instância, dos cofres municipais, foram empregados na aquisição de uma aeronave, que veio a se acidentar, quando supostamente estava em uso por pessoas ligadas ao ex-servidor.
Via: MidiaNews